sábado, 31 de outubro de 2015

ELA E SEU AMOR

Alexandre Nascimento dos Santos, Ciências Biológicas

Sentada à janela, ela olhava um trem que chegava à estação e imaginava se seu amor estava nele e passou a observar os passageiros que do trem desciam. Seu coração batia forte, pois já haviam saído quase todos os passageiros, mas ele, o seu amor, não aparecia. A mão gelada já começava a suar, a ansiedade só aumentava, ele fora o último a sair do trem e ela já chorava. Emocionada, ela fora a seu encontro, tamanha era a felicidade que sentia que parecia flutuar, tendo a certeza do seu amor. Envolvidos num abraço, ele a pede em casamento, sabendo que para ela era um grande sonho. Ela desmaiou de tanta felicidade e ao retornar ao estado normal tratou logo de preparar o casório, a festa, a escolha dos convidados.

Após trocarem as alianças tiveram filhos e viveram felizes para sempre.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Estação

Maitê Juliana Lavinhati, Ciências Biológicas

Sentada à janela, ela olhava o trem que chegava à estação e imaginava o seu grande amor chegando naquele trem.
Há muito tempo eles não se viam, mas apesar da distância o amor entre os dois continuava o mesmo.
Ele já tinha pensado em vir visitá-la e não deu certo por causa do seu trabalho. Até que um dia seu chefe resolveu liberá-lo do trabalho para ele visitar a amada.
Novamente sentada à janela avistou dentro do trem alguém que gostava. Era seu grande amor vindo em sua direção. Os dois se beijaram e se abraçaram, conversaram um pouco ali na janela até que resolveram entrar na casa dela.
Seus pais estavam na cozinha fazendo o almoço e seu irmão mais novo estava na sala assistindo desenho na TV.
Muito feliz apresentou para seus pais seu grande amor e eles o convidaram para almoçar. Durante o almoço ele falou várias vezes em se casar com a amada, mas precisava arrumar um emprego mais perto para que ela não tivesse que mudar de cidade.
Depois de muita conversa e comida, eles resolveram passear no parque ali próximo. Compraram algodão doce e pipoca, divertiram-se em alguns brinquedos de criança, beijaram-se e conversaram.

 Infelizmente a hora da partida estava chegando. Muito triste a moça levou seu grande amor para a estação de trem e se despediu dele chorando. Ela não sabia quando ele voltaria, então voltou a sentar à janela olhando para os trens que chegavam.
Estação
Graciane Daniela Matias Schuster
Ciências Biológicas
Sentada à janela, eu olhava o trem que chegava à estação e imaginava quanta história havia pra contar aquele trem que viajava dia e noite sem parar.
Ele percorria um longo caminho, acolhendo e deixando os passageiros nas estações, passageiros estes que muitas vezes estavam de viajem, ou que o utilizavam para o percurso do trabalho, passageiros que traziam consigo várias bagagens e às vezes tão pouco, mas que eram carregados de diversos sentimentos.
Um senhor de barbas compridas e grisalhas, sempre aguardava na estação o trem que partia ao meio dia, sem levar bagagem alguma e com o semblante sempre triste.
Até que um dia ele apareceu com um buquê de rosas brancas, embrulhado num papel rosa de tom bem suave, mas o que mais chamou minha atenção foi que, diferentemente dos demais dias, trazia consigo um semblante suave e tranquilo.
Eu trabalhava de segurança na estação. Ao vê-lo com o buquê não me contive e o indaguei sobre o motivo da felicidade que trazia em seu rosto.
O Senhor me respondeu que aquele era um dia especial, pois sua esposa, que estava há um ano em coma no hospital, havia recebido alta.
Felicitei-o, pois apesar da idade avançada, todos os dias não se esquecia do amor da sua vida, fazia sempre o mesmo trajeto para visitá-la no hospital, mesmo que ela  não pudesse  vê-lo ou tocá-lo, e ele me surpreendeu com sua resposta.
Ele disse que jamais deixaria sua enfermidade lhe tirar as boas lembranças da sua esposa e que não importava se ela saberia de seus esforços, mas sim, o que importava para ele é que ele sabia o que ele estava fazendo por ela.
Dito isso ele entrou no trem e seguiu viagem, enquanto eu fiquei a divagar sobre esta e outras histórias que aquele mesmo trem levava consigo sem saber.