terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Ética: De tragédias á problemas cotidianos[1]

Gustavo Borges[2]
Luis Felipe Azevedo[3]
Vinícius S. Lopes[4]
  As boates se tornaram um espaço público muito frequentado por jovens, de todas as classes sociais, devido à diversificação de temática e fácil acessibilidade. Shows e eventos têm entrado cada vez mais no cotidiano da sociedade atual e não é difícil encontrar cartazes ou mesmo nas redes sociais a divulgação dessas atrações, seja do grupo de pagode do bairro até mega eventos com participação de DJs internacionais. O problema de se trabalhar com grandes concentrações de pessoas é a possibilidade de consequências inesperadas, ocasionadas por indivíduos mal intencionados ou mesmo a falta de supervisão do local do evento. Podemos acreditar que esses grandes eventos, com alta aglomeração de pessoas, se tornaram um prato cheio para a difusão de drogas e outros materiais ilícitos e muito se pergunta se os responsáveis têm responsabilidade direta nesse caso. Drogas não são o único problema encontrado em boates ou grandes eventos, a infraestrutura do local aliada a lotações tem virado uma dor de cabeça e já resultou em grandes tragédias. Todos sabem que para manter um estabelecimento onde haja grande concentração de público, existem normas expressas em leis que devem ser seguidas, para que não ocorra acidentes. O problema é quando não seguem os limites de capacidade ou mesmo não fazem fiscalizações corretas na estrutura, visando apenas o lucro e não se importando com o próprio público. A culpa é do responsável ou da falta de conscientização de quem vai ao evento para estragar a diversão dos outros?     
   Na data de 30/10/2015, ocorreu uma tragédia em uma boate na Romênia, o número de mortos alcançou a marca de 30 pessoas, números inferiores, porem não menos relevantes aos da tragédia de 27 de Janeiro em Santa Maria, Rio Grande do Sul, aonde os mortos chegaram a 242 pessoas. A boate Colectiv, em Bucareste, sofreu o mesmo problema que a boate Kiss sofreu em Santa Maria. O que temos em comum nos dois casos? Nas duas boates o problema teve a ver com fogo, onde mais de 270 pessoas morreram (contabilizando os dois acidentes), e surgiu a partir de espetáculos pirotécnicos - utilização de fogo na atração envolvida - Esses espaços obrigatoriamente possuem normas e regras que devem ser rigorosamente seguidas, para o próprio bem das pessoas e funcionamento do estabelecimento, assim sendo isento de multas ou até insatisfação dos frequentadores, porém na prática não é isso que acontece e esses acidentes podem servir de exemplo e mostrar que podemos não estar seguros.
Outro problema que envolve as boates são a venda e consumo e de entorpecentes no recinto - prática ilícita, de acordo com o nosso código penal -. O uso de drogas pelos jovens está cada vez mais comum, e cresce também em locais públicos ou de grande concentração de pessoas. Não é incomum encontrar jovens vendendo drogas em boates ou Raves. O grande problema é quando o indivíduo “perde a noção” e começa a afetar pessoas que estão no mesmo ambiente, mas com pensamentos diferentes, as quais querem apenas curtir, sem atrapalhar ou causar problemas aos outros.
O fato é que muitas vezes não se tem o controle necessário para que possa ser feita uma vistoria sobre que tipo de objetos o público local adentra no recinto, seja portando materiais ilícitos (arma branca, arma de fogo etc.) ou drogas. É muito frequente acontecer casos, nos quais os jovens consomem drogas aos montes e acabam sofrendo as consequências, que variam de tumulto e brigas, até o óbito por overdose.
  A pergunta que fica é até quando nós deveremos nos preocupar com os lugares em que gostamos de frequentar por medo da falta de responsabilidade dos responsáveis?. Nos casos apresentados o problema se deu pela falta de fiscalização rigorosa e leis mais severas para coibir esses fatos e minimizar os riscos, por mais bobos que aparentam ser. Até onde vai o limite de atuação dos responsáveis e onde eles podem interferir para garantir a funcionalidade do local?        Houve-se falar que há rigorosa fiscalização pelos órgãos responsáveis, mas não sabemos a veracidade, então podemos dizer que boates se tornaram um grande meio para a propagação e distribuição das drogas até que medidas mais eficientes sejam executadas, está na hora de termos liberdade de irmos onde bem quisermos para passar nosso tempo livre, mas desde que a fiscalização faça sua parte, o que não pode acontecer é que a ganância dos proprietários de espaços de lazer continue colocando a vida das pessoas em risco.

Referências

CAVALCANTE, Antônio Mourão. Drogas, esse barato sai caro: os caminhos da prevenção. Rio de Janeiro: Record: Rosa dos Tempos, 1997.

Portal O POVO online, Jornal de Hoje. Disponível em: <http://www.opovo.com.br/app/opovo/brasil/2013/01/28/noticiasjornalbrasil,2996079/maiores-incendios-em-boates.html> . Acesso em 30 de Novembro de 2015.

Portal R7, Hoje em Dia. Disponível em: <http://www.hojeemdia.com.br/horizontes/jovens-bebados-fazem-arruaca-em-bares-do-corac-o-eucaristico-1.224613> . Acesso em 30 de Novembro de 2015.







[1] Artigo de opinião produzido para a disciplina Comunicação e Expressão sob orientação da Prof. Me. Rita de Cássia Ibarra.
[2] Aluno de Ciências Biológicas, UNIP, Campus Jundiaí.
[3]Aluno de Ciências Biológicas, UNIP, Campus Jundiaí.
[4]Aluno de Ciências Biológicas, UNIP, Campus Jundiaí.

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