sábado, 31 de maio de 2014

Funk Ostentação e a Indústria do Consumo.

Denis Gabriel Alves de Godoy
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UNIP Jundiaí      


Diferentemente do que muitos discorrem, por trás do funk ostentação também existem razões sociais que explicam o surgimento e o avanço desse estilo musical, tão adorado por uns e odiado por outros. Desde o seu surgimento, o funk tem recebido diferentes conotações de acordo com o contexto do local em que está inserido, e como forma de manifestação da cultura popular, ele tem sido modificado. De apologia a crimes e drogas à ostentação, do Rio de Janeiro à São Paulo. O funk paulista é hoje mais que apenas música, é uma indústria de consumo que tem influenciado pessoas por todo o Brasil.


Por que escolhi esse tema?

O funk ostentação é o estilo musical que mais tem chamado atenção atualmente, tanto pela sua característica – ostentar o luxo –, quanto pela aderência e velocidade com que os chamados MCs1 alcançam a fama e o sucesso. Com isso, tornam-se artifícios de audiência explorados pela mídia, além de estimularem o consumismo entre os jovens.

O que penso sobre?

Palavra antes pouco empregada, seja qual for o tipo de linguagem – verbal ou não verbal –, ostentar, de acordo com o dicionário Houaiss da língua portuguesa, significa "Mostrar(-se) ou exibir(-se) com aparato; alardear; estampar, pavonear, vangloriar." Hoje, é definição de um estilo musical e também, segundo os próprios instituidores, caracteriza um estilo de vida.

O funk foi trazido para Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo, por produtores musicais da Baixada Santista, no entanto, em uma cidade em que os estilos musicais predominantes nas periferias eram o rap e hip-hop, foi difícil introduzir esse ritmo, que já fazia sucesso no litoral sul, na Capital paulista.

Com discurso de protesto, e até apologia a crimes e drogas, o funk possuía conotação negativa na sociedade, mas isso não impediu que o ritmo ganhasse força também em São Paulo, onde surgiu mais uma vertente, o funk ostentação. Sustentado por carros, mulheres, dinheiro, roupas de marca, ou resumidamente: luxo. Um novo estilo de vida.

Praticado por maioria jovem, esse estilo de vida se espalhou, levando-os ao consumo, principalmente, de roupas e acessórios de marcas como Oakley, Quicksilver etc., além de ter criado uma indústria de consumo online: a de videoclipes. Fato é que a partir disso surgiram movimentos e demandas de consumo, como o “rolezinho” (sic).

Tudo isso não adveio sem ter motivos, logo, há uma explicação social: com a ascensão da classe média, o aumento real do salário mínimo e do poder de aquisição das classes C, D e E, houve uma mudança na qualidade de vida. O funk, como forma de manifestação da cultura popular, modificou-se conforme a vida dessas pessoas, que ascenderam economicamente, e que acabaram por trocar o discurso de protesto de cunho social, pelo de consumo – ou desejo.

Referências

KONDZILLA; 3K PRODUTORA; FUNK NA CAIXA. Funk Ostentação – O Filme. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=5V3ZK6jAuNI>. Acesso em: 28 de março de 2014.

F.BIZ; CCSP. Funk ostentação / Marcas desejadas. Disponível em: <http://www.ccsp.com.br/site/ultimas/67438/Funk-ostentac-o-Marcas-desejadas/>. Acesso em: 01 de abril de 2014.


HOUAISS, Instituto Antônio. Houaiss: Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em: <http://dicionario.cijun.sp.gov.br/houaiss/>.  Acesso em: 28 de março de 2014.


“ROLEZINHO” OU APARTHEID SOCIAL?

Pâmela Cunha Palharin            
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UNIP Jundiaí

O “rolezinho” era pra ser só um passeio em shopping entre adolescentes de mesma tribo, mas tornou-se assunto constante na mídia e causou espanto em toda população brasileira. O assunto principal, desse “fenômeno”, nos jornais e revistas foram os arrastões e “muvucas” que jovens vindos da periferia estavam querendo causar, quando, na verdade, esses mesmo jovens são vitimas de apartheid social e racial (preconceito) causado pela sociedade em que vivemos.



Todo adolescente, independente da cor, da religião, da tribo e do lugar aonde mora, quer sair e curtir com os amigos. Uns gostam de ir a festas, outros de ir a baladas e shows, e outros, gostam de ir a shoppings. O que não se torna diferente para os jovens que participam dos famosos “rolezinhos”. Atualmente, esse termo, tem ganhado bastante espaço na mídia causando espanto e preocupação na população. Segundo algumas pessoas em entrevistas para jornais e revistas o “rolê” não é uma forma de diversão e lazer para os jovens de periferias, mas sim, uma maneira de causar tumulto e arrastões em shoppings por todo o Brasil. Procurando, então, ouvir os dois lados, o blog IG, entrevistou um desses “rolezeiros” para saber o que, de fato, são os “rolezinhos” e o que esses adolescentes querem mostrar para a sociedade.

Na entrevista para o Blog um desses participantes afirmou que o rolezinho não é pra roubar e fazer “muvuca”, e sim, para ostentar e conhecer pessoas novas. “Eu não concordo com quem vai para arrastar e roubar. Isso é coisa de trombadinha. Eu mesmo, curto a minha ficando com as menininhas”, disse J.E., 16, que preferiu não se identificar. O adolescente disse, ainda, que não vai aparecer em outros, pois tem medo de parar na delegacia por ser considerado um “trombadinha favelado” como foram chamados os outros.

Analisando a situação, desse ponto, percebe-se que o “evento” que na verdade era só lazer tomou outras proporções na mídia e causou espanto em muitas pessoas, isso tudo, porque 3 mil jovens da periferia decidiram ir ao shopping em um sábado à tarde. Esse espanto não se dá aos “3 mil jovens”, mas sim, a palavra “periferia”. Talvez, se fossem jovens quaisquer, de uma classe mais alta, os lojistas e administradores do shopping não teriam fechado suas portas com medo de serem roubados. Apesar do acontecimento de alguns roubos, adolescentes da periferia que não estavam roubando ou mostrando sinais de violência, foram proibidos de entrar em lojas e permanecer dentro do shopping.

O que nos leva, ainda, a pensar em outro fator é que a maioria desses jovens quer “ostentar” e só fazem uso de roupas, calçados e acessórios de marcas, o que contribui muito para o lucro e economia de alguns lojistas, e até mesmo, do país. Desse ponto pode-se questionar: por que proibir jovens que contribuem para a economia de um todo entrar em shoppings e consumir do fruto do capitalismo? Alguns sociólogos já deram a respostas: isso tudo faz parte do que podemos chamar de apartheid social e racional que se trata de preconceito e racismo contra quem é pobre, em alguns casos, negro. A interligação desses pontos todos se dá ao fato de que “shopping”, para alguns, é um lugar de lazer e conforto para famílias, porém, famílias ricas que têm dinheiro e “bom comportamento” para frequentar lugares assim.

Em vista de todo esse “fenômeno” vemos que as pessoas ainda se comportam de forma preconceituosa em relação a acontecimentos desse tipo. É possível, ainda hoje, ouvir frases como: “não frequento aquele local, porque lá é lugar de pobre. Vamos para um lugar com a nossa cara.” ou “detesto aquele lugar, só vai rale.”. Analisando, mais uma vez, o acontecimento surge outra questão: será mesmo que cada classe social tem seu tipo de lugar determinado para frequentar? Ou ainda, que determinismo é esse que nos rodeia? Várias perguntas surgem ao vermos esse “evento” de outros pontos de vista e devemos sempre nos perguntar se existe mesmo esse “determinismo” e identificarmos esse apartheid social que faz parte da nossa sociedade, pois, apesar dos roubos que houveram nesse “rolezinho”, muitos jovens ali queriam só diversão, curtição e se tornar “visível” para a sociedade que tanto despreza sua cultura, moradia e educação.

JUSTIFICATIVA

Fiz a escolha desse tema por ser algo que está em nossa sociedade todos os dias. Percebo que as pessoas, ainda, fazem uso de estereótipos para julgar e pensar a respeito de tal classe social e/ou tribos. Faltando com respeito referente à cultura, moradia, inteligência e outros aspectos com determinados tipos de pessoas. Analisei, também, que a população faz muito uso de determinismo social, no qual a pessoa que não tem “cultura” nenhuma deve frequentar só um lugar, não tendo o direito para conhecer outros.


BIBLIOGRAFIA

Rouchet, Renê in: http://www.midiapublicitaria.com – disponível em http://www.midiapublicitaria.com/do-funk-ostentacao-aos-rolezinhos/ - acesso em 20/03/2014.

De Souza, Michael in: http://www.filosofonet.wordpress.com  - disponível em http://filosofonet.wordpress.com/2014/01/25/os-rolezinhos-segregacao-e-apartheid-social/ - acesso em 20/03/2014.

Borges, Altamiro in: http://www.altamiroborges.blogspot.com.br – disponível em http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/01/rolezinho-e-apartheid-nos-shoppings.html - acesso em 20/03/2014.

Preite Sobrinho, Wanderley in: http://www.ultimosegundo.ig.com.br – disponível em http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/2014-01-10/rolezinho-no-shopping-e-para-pegar-mulher-diz-participante.html - acesso em 20/03/2014.









Funk Ostentação
Pâmela Fernanda Perin
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UNIP Jundiaí

O funk ostentação surgiu por volta de 2008 e aborda temáticas como o consumo de carros, roupas, bebidas e acessórios de luxo. Difere do funk carioca que em suas letras faz mais referências à sensualidade e ao sexo. É um estilo musical em ascensão e muitos artistas do gênero possuem milhões de acessos no You Tube, como por exemplo, MC Guime, MC Gui e MC Lon. Foi um movimento iniciado nas periferias de São Paulo, entretanto, abrange várias classes sociais, sendo tocados em festas da classe média e alta. A aceitação do estilo foi tanta que em Abril de 2013 a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto de lei que proíbe a realização de bailes funk em vias públicas.

Muito se vê artigos e publicações na mídia que apoiam tal movimento, uma vez que representa as vozes da comunidade sendo faladas pela própria comunidade. Isso é muito importante, pois valoriza a comunidade como um todo, dando uma possibilidade de manifestação e evitando o efeito da invisibilidade social. Entretanto, existem divergências a respeito desta temática. Algo que é muito criticado são as mensagens nas letras dos funks que se referem ao consumo exacerbado, ao capitalismo e à aquisição de produtos de luxo. Existem também muitas críticas contra o movimento por parte de outros estilos musicais como, por exemplo, o rap, que aborda uma temática bem mais política, entretanto, não possui a mesma fama e aceitação que o funk conseguiu em tão pouco tempo.

O tema foi escolhido porque, no Brasil, é muito comum ouvir esse tipo de música em qualquer lugar frequentado e é algo que é adorado por alguns jovens, mas em contrapartida, odiado por outros. Algo que movimentou a mídia esta semana, no dia 4 de Abril, foi a publicação de um vídeo em uma rede social por parte de um integrante da banda Red Hot Chili Peppers, em que Flea toca uma música do MC Guimê, ícone do gênero.

Acredito na importância da música como expressão de ideias, entretanto, apesar de estar estudando publicidade sou contra a ideia da ostentação, ou seja, do consumo desenfreado. Acredito que as coisas devem ser ponderadas, o consumo é importante porque vivemos em um mundo capitalista, onde o “ter” muitas vezes é mais importante do que o “ser”. Apesar de não concordar com essa contingência, essa é a realidade do mundo em que vivemos.

Referências:

Revista Carta Capital - <http://www.cartacapital.com.br/cultura/sem-critica-social-funk-de-ostentacao-cai-no-gosto-da-classe-media-1321.html> - acesso em mar/2014

Revista Época - <http://revistaepoca.globo.com/cultura/noticia/2012/09/o-funk-da-ostentacao-em-sao-paulo.html> - acesso em mar/2014

Site Vírgula - <http://virgula.uol.com.br/musica/black-music/flea-do-red-hot-divulga-video-tocando-plaque-de-100-do-mc-guime> - acesso em mar/2014

Site UNISINOS - <http://www.ihu.unisinos.br/noticias/517690> - acesso em mar/2014


sexta-feira, 30 de maio de 2014

O RÔLE EM TEMPOS MODERNOS

Karina Elizabeth Costa Pardim
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UNIP Jundiaí

O tema abordado marcou o verão 2014 reuniu muitas opiniões e poucas conclusões. Não há razão para venerar ou odiar os rolezeiros. Os jovens do rolezinho buscam diversão – mas, quando essa diversão provoca a sedição da ordem, os lojistas têm o direito de chamar a polícia, que cuida da ordem pública. Do outro lado, os comerciantes têm o direito de proteger seu meio de sobrevivência – mas, se agirem de forma preconceituosa, terão de responder à lei brasileira. Respeitadas as regras básicas da convivência democrática, todos têm o direito de trabalhar, se divertir – ou protestar pacificamente. E além de tudo estes protestos, merecem estudos, debates e reflexões melhores do que vem recebendo até agora.

Na mídia em geral quando se procura saber sobre o rolezinho – intervenção, manifestação, evento ou encontro seja o que for este movimento que abalou a segurança, economia e o verão de 2014. Em contrapartida há opiniões de todo os gêneros, desde acusações: “Pobres, negros e vagabundos”, até “Classe C com tanta desigualdade quer aproveitar também”.

O acontecido foi classificado como arrastão, abalou a segurança privada e pública, pois oportunistas ali infiltrados distorceram a essência de um simples “rolê” entre estes jovens e mancharam a imagem dos encontros. Gomes acredita que "esse rolê é perturbador para o mercado de consumo porque tem gente que deixa de ir ao shopping por causa disso". "Como a polícia atua em favor desse poder, ela monta guarda e leva os menores para a delegacia com o intuito de intimidar e evitar que a prática se repita", explica o especialista. – Desestruturando assim a base de economia destes grandes centros de compras.


Para especialistas, mesmo que inconsciente, este movimento é um protesto a favor dos direitos iguais entre classes, direitos de um pobre entrar e sair de um  estabelecimento, que é predefinido somente para classe média e alta, brancos e ricos. E então, de repente, festas de funk ostentação viraram manifestações de marxistas culturais contra a civilização ocidental. Mas não, estes jovens não tiveram a intenção de manifestar contra ou a favor de algo, para eles que não gostam e nem entendem de política (Não iria ser contrário, pois em país como o Brasil política é chata e desnecessária) estes jovens buscam apenas diversão e isso é um problema público. Não existem centros culturais em muitas cidades paulistas e brasileiras, não existem meios de diversão para que possam fazer seus rolezinhos e então alcançar os objetivos deles. 
Rolezinhos
Antonio Viana de Oliveira Filho
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UNIP Jundiaí

Segundo o Dicionário Michaelis: “Dar um rolê: dar uma volta, um passeio”. Entretanto, os jovens brasileiros descobriram um novo significado para o verbete; os chamados “rolezinhos” são encontros de adolescentes pobres que ocorrem em shoppings, parques ou outros espaços públicos e que são agendados por meio das redes sociais, como o Facebook.
Entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014, vários shoppings foram vítimas dos rolezinhos. Lojas fecharam mais cedo e às pressas, tumulto, correria e caos nos corredores, assaltos e arrastões, força policial acionada para conter os jovens e algumas prisões foram efetuadas. Após contabilizar os prejuízos, os proprietários das instituições, exigiram uma solução e liminares proibindo os rolezinhos foram criadas, porém, para o professor de Direito da USP, Virgílio Afonso da Silva, proibir o acesso desses jovens seria estigmatizar os grupos e ainda servir como uma forma de selecionar o publico desses locais.
De acordo com os organizadores, os rolezinhos são motivados devido à falta de opções de lazer e cultura na cidade e, também, pela proibição de bailes funks nas ruas (Projeto de Lei 02/2013). Apesar das liminares a favor dos lojistas, vários outros foram agendados e a força policial fez uso de balas de borracha e bombas de efeito moral na tentativa de conter os “manifestantes”. Um dos organizadores do movimento realizado no Shopping Internacional em Guarulhos, Jefferson Luís, 20 anos, disse: ”Não seria um protesto, seria uma resposta à opressão. Não dá para ficar em casa trancado.”.
Acredito que a falta de opções de lazer e de cultura em grandes cidades é uma triste realidade. Entretanto, se organizar e levar cerca de duas mil e quinhentas pessoas em locais fechados para “protestar”, onde tantas outras estão passeando com suas famílias é ridículo e insensato. Quer protestar por mais opções de lazer e cultura, vão às ruas, mas para PROTESTAR, não para depredar bens privados ou públicos. Façam uso de faixas, cartazes, buzinas, apitos e até tampas de panelas; protestem de forma pacífica limpa e dentro da lei e do direito de se manifestar e talvez, mais pessoas, de todos os níveis sociais, credos e etnias se juntariam ao movimento.

Protestar dessa maneira é pedir para ser estereotipado, marginalizado e ainda continuar sem as opções de lazer e cultura que tanto almejam.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

 Ostentação

Antônio Viana de Oliveira Filho 
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Resumo
Criado na cidade de São Paulo, em meados de 2008, o funk ostentação ou funk paulista é um ritmo brasileiro que tem suas origens na Região Metropolitana da capital e na Baixada Santista e é uma vertente do funk carioca. Diferente do estilo do Rio de Janeiro, que é mais bandido, malicioso e sexual, o funk paulistano procura abordar o consumo e a ostentação propriamente dita, representada na forma de motocicletas, bebidas, roupas e outros objetos de valor, também fazem menção às mulheres e a maneira de como alcançaram maior poderio de bens materiais, exaltando a ambição de sair das favelas e conquistar seus objetivos.
Os principais representantes deste gênero são: MC Guimê, MC Mclon, MC Léo da Baixada e outros que atuam fora do estado de São Paulo, como MC Menor da Chapa, do Rio de Janeiro, e MC Tchesko, do Rio Grande do Sul.

Motivos pelos quais resolvi falar sobre este tema:
Apesar de ter uma preferência musical totalmente oposta ao tema escolhido, o que me levou a falar sobre ele foi o fato de ter ficado curioso em saber suas origens, seus principais representantes, o que dizem nas letras de suas músicas e o que motiva várias pessoas a gostarem deste gênero.

O que se foi dito sobre o funk ostentação?
A edição da revista Veja, citada anteriormente, trazia em sua capa o titulo: “Só você não me conhece” juntamente com a foto de MC Guimê, expoente máximo do funk ostentação paulista. Contendo 16 páginas, sendo sete dedicadas ao ritmo, foi redigida por Sérgio Martins e nela, ficamos por dentro do mundo deste fenômeno musical.
Segundo a matéria, em uma casa noturna e por apenas quarenta minutos, MC Guimê leva o público ao delírio; sua renda alcança R$1,4 milhões mensais realizando quarenta apresentações por mês. Nas letras de suas músicas, o funkeiro exalta a ostentação e o consumo de produtos, veículos e bebidas e as artimanhas que das pessoas para conquistá-los e é facilmente entendida pelos fãs que também levam garrafas de uísque em seus shows, provando assim, que nada é impossível.
Os seguidores, cuja faixa etária se inicia aos dezesseis anos, pertencem às classes C e D e são fiéis: 77% deles ouvem funk todos os dias e 50% vão uma vez por mês a bailes funk, de acordo com uma pesquisa realizada. Devido seu caráter improvisado, os bailes causaram transtornos na cidade de São Paulo, levando a Prefeitura a proibir a realização destes bailes de rua com carro de som por perturbarem a paz e a ordem. Tal fato levou os jovens destas classes protestarem fazendo os chamados “rolezinhos” nos shoppings das áreas nobres, causando correria, confusão e ajudando a elevar a propagação do gênero.
Estes movimentos são considerados responsáveis por fazerem apologia a organizações criminosas e bandidagem, os “proibidões” cariocas eram organizados e patrocinados por estas facções, levando a ficarem conhecidos como música de favelados, de pobre, de bandidos por uma grande maioria de críticos, jornalistas, pais e outros.
Os famosos quinze minutos de fama são uma constante na vida de qualquer MC que se aventure nessa estrada. Muitos com apenas um único hit de sucesso veem dinheiro aparecer por todos os lados e, tão rápido como veio, some num piscar de olhos; empresários mal intencionados brigam entre MCs, disputas judiciais são os principais motivos da falência e isto leva alguns deles a voltarem para suas antigas profissões e ainda assim sonham em voltar à fama, outros se convertem ao evangelho outra prática altamente utilizada, talvez como uma forma de redenção.
Podemos concluir que o funk ostentação está por aí bem como outros gêneros que sugiram, fizeram fama por um tempo e hoje estão praticamente esquecidos, como o forró e sertanejo universitário, por exemplo. Uma questão que me faço: será que, como esses dois gêneros, o funk ostentação será substituído ou esquecido em breve? Só o tempo tem as respostas e cabe a nós, infelizmente, esperar. ”Tchudum, tchá, tchá, tchá, tchá, tchudum, tchá, tchá, tchá, tchá tchudum!”

Bibliografia:

Revista Veja, edição 2358, ano 47, nº 5 de 29 de Janeiro de 2014, Editora Abril.
Ostentação

Ricardo Franco de Moraes
PP 1º semestre

O Porquê da Escolha:

Minha escolha por esse tema é baseada no fato de ele ser atual, e também, pelo fato da repercussão que isso tem gerado, não só na mídia, mas também em nossa cultura que constantemente é influenciada por movimentos dessa natureza. Tais movimentos surgem com o intuito de ditar tendências que visam mudar a maneira tradicional de comportamento das pessoas.

Descrição do tema: Primeiro devemos conhecer de onde surgiu a expressão “Ostentação”.
Ostentar é um termo que vem do latim "ostentare" que significa "mostrar".  A palavra ostentar é utilizada frequentemente com o sentido de exibir com vaidade , normalmente fazendo referência à necessidade de alguém mostrar luxo ou riqueza.
Funk Ostentação ou Funk Paulista, é um estilo musical criado em São Paulo entre os anos de 2009 e 2010. Diferente do tradicional Funk carioca que protesta contra a desigualdade social e a vida na periferia, o Funk Ostentação possui temas como: carros de luxo, roupas de grife, joias, mulheres e bebidas.
Um dos principais representantes do estilo, é o cantor MC Guimê, que ficou conhecido por todo o Brasil pelo seu hit "Plaquê de 100".
Outro que foi um dois principais representantes do estilo é o cantor MC Daleste (assassinado em Julho de 2013), que ficou conhecido nacionalmente e internacionalmente pelos hits: "Mina de Vermelho" e "Ostentação Fora do Normal".
Os cantores do gênero, na maioria das vezes são chamados de MC (Mestre de Cerimônia)  e os artistas instrumentais são chamados de DJ's.
Opinião: Em minha opinião, movimentos como esse surgem de variações de temas já existentes em nossa cultura. O homem de um modo geral, já tem em sua natureza o desejo de ostentar.   Desde o princípio da civilização vemos exemplos de ostentação.
                                                                                                                                   O que mudou hoje é a maneira como isso é apresentado, devido à grande exposição dos movimentos culturais na mídia.
Através desses movimentos, o comportamento de milhões de pessoas muda. Essa mudança é proveniente da necesssidade que o ser humano tem de pertencer a um grupo que lhe represente.

Referências:                          


Significados - https://br.answers.yahoo.com  - acesso em 09/04/2014