A passageira de mudança.
Giovanna Moraes de Lima, Ciências
Biológicas
Sentada na minha janela observo o trem chegar. Nele
vem alguém que espero já tem um tempo. Ocupando o banco 34, do terceiro vagão,
vem uma passageira que promete mudar o futuro de todo nosso planeta, mas antes
preciso acertar alguns detalhes com ela, afinal a caminhada é longa e as
tarefas não são fáceis.
Para começar vou apresentá-la. Chama-se Paz. Ela
vem para transformar muita coisa errada que está acontecendo neste pequeno
ponto da galáxia chamado planeta Terra. Aqui,
na Terra, há muita discórdia, miséria, egoísmo, disputa... Mas isso só existe
na raça humana.
Os humanos
não se respeitam e não pensam no outro como se fossem iguais, sempre se acham
superiores. Não generalizo, mas atribuo à maioria. São poucos os que pensam
numa mudança para melhor, e são com esses poucos que vamos nos juntar. Não
sabemos nem por onde começar, mas nossos planos têm que entrar em ação o mais
rápido possível!
Precisamos
acabar com a miséria de valores, mas antes dela, a miséria da alma. Precisamos
conscientizar as pessoas que elas não são as únicas no mundo para terem tudo para
si mesmas e que não vão chegar a lugar algum se não pensarem no próximo. Todos
precisamos uns dos outros, afinal se uma pessoa, por mais rica que seja, não
tiver alguém que recolha o lixo, ou que limpe a casa, ou qualquer outra coisa
que ela não possa fazer (claro, por causa do status!), ela estaria vivendo no meio de muitos insetos, restos e
lixo.
O problema
está em reconhecer. Não é por que você tem o emprego que melhor paga que você é
mais importante que alguém. Se cada pessoa abastada de dinheiro pudesse
colaborar com alguém que mal sabe o que é isso, já seria um pedaço do caminho
andado.
Depois,
precisamos acabar com a discriminação racial, afinal, quem foi que disse que a
cor de uma raça determina o seu poder, força, ou qualquer coisa do tipo? É,
ninguém.
E se
pudéssemos nos juntar e formar algo bem maior do que podemos imaginar? Uma
corrente do bem, em prol daqueles ali do terceiro parágrafo. Mostrar a eles que
somos iguais. Nem superiores, nem inferiores.
Agora, vamos
parar pra pensar. O bicho homem é o pior de todos. Ele caminha rumo à própria
destruição. Que outra espécie animal no mundo precisa matar por prazer ou
vingança ou inveja as coisas alheias? Os animais matam para sobreviver, para
procriar, para alimentar a prole e dar continuidade a vida.
O ser humano não, ele mata para não precisar
ver que o outro está sendo feliz e ele não, mata para extinguir a própria
espécie. Não tem coisa pior do que imaginar isso.
Então vamos
usar a corrente do bem mais uma vez e mostrar a esses coitados que não é assim
que se vive e que a nossa grama pode ser tão verde quanto a do vizinho. Basta
ter um pouquinho de boa vontade e ajudar. Se hoje eu ofereço ajuda, amanhã eu
posso precisar e receber também. Se há colaboração, há evolução. Agora que a
minha amiga Paz já sabe o meu pedido, ela vai começar a agir e eu, é claro, vou
ajudá-la. Mas ainda faltam os pedidos de algumas pessoas do bem que ainda
restaram por aqui. Será que você tem algo a pedir?
Nenhum comentário:
Postar um comentário